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A Santidade
A santidade é um atributo exclusivo do ser de Deus. Santo, em hebraico Kadós, é este ser de Deus radicalmente diferente do ser criado. Deus é inatingível, inacessível, o Mistério de absoluta transcendência. Mas este Deus santo e criador é também Deus-amor que livremente dispõe de si mesmo em favor da sua criatura. Ele se faz mundo, se faz carne, se faz homem e habita entre nós em Jesus de Nazaré, e em nós, no Espírito derramado. E assim pela fé, pela graça, pelo batismo que nos introduz na vida da Igreja incorporando-nos a Cristo, nos faz participantes da natureza divina e co-herdeiros dos seus bens. Somos santificados, ou seja, somos divinizados. Temos todas as condições, dadas por Cristo no seu Espírito de produzir obras de justiça e de santidade. Na verdade ser santo passa a ser um imperativo ético de toda a Igreja e de cada cristão. “Sede Santos!” A Igreja é Santa e cada cristão é consagrado a Cristo pela vivência da fé na caridade alimentada pela Palavra e pelos sacramentos. Desta forma o ser humano é conformado ao Senhor que nele habita.
É necessária a resposta livre e amorosa do ser humano a este dom da santidade. E nem todos respondem do mesmo jeito. Alguns irmãos nossos viveram e vivem, neste mundo, de maneira heróica, a correspondência a este chamado à caridade perfeita. São uma nuvem de testemunhas, um número incalculável de eleitos segundo a presciência e a vontade de Deus. A Igreja, mediante uma séria investigação elabora uma lista e a esta lista, também chamada de cânon, vai acrescentando solenemente mais e mais nomes, representativos das várias épocas e de todas as situações humanas: vai canonizando. Um processo que normalmente começa no local onde a pessoa viveu a sua fé e depois se estende, pela intervenção da Autoridade máxima da Igreja, para o mundo inteiro. Os eventos extraordinários são o aval de Deus para que aquela pessoa possa, seguramente, com o beneplácito divino, ser apresentada a toda a Igreja como modelo de vida e santidade. Este é o sentido da canonização necessariamente precedida pela beatificação.
A comunhão intercessora não é o objetivo primeiro nem o mais importante. O objetivo primeiro da canonização é sinalizar a imensa bondade de Deus que derramou e continuamente derrama sobre nós a sua santidade. A luz da santidade que brilha nos santos é a santidade de Deus, e não deles. A caridade e o amor que eles viveram é a caridade e o amor de Deus. O bem que eles fizeram foi o Senhor que operou neles. E a veneração que em contrapartida nós damos a eles, não é a eles que nós veneramos, mas à glória de Deus neles refletida. O culto aos santos é, portanto, o culto a Deus. Obrigado, Senhor, por pertencer a uma Igreja cujos membros são santos. Obrigado, Senhor por pertencer a uma Igreja onde a graça de Deus é comprovadamente eficaz. Obrigado, Senhor, por fazer parte da mesma Igreja dos santos apóstolos, heróis, mártires e confessores da fé em todos os tempos até os dias de hoje. Uma Igreja de benfeitores da raça humana e que nos fazem acreditar na força do Amor. Obrigado, Senhor, por pertencer à vossa Igreja. A Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica.
Padre José Cândido da Silva
Pároco da Igreja São Sebastião - Barro Preto
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