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Novos Rostos de Excluídos
A sociedade contemporânea, principalmente nas grandes cidades, desafia a nossa consciência cristã apresentando-nos novos rostos e perfis de pessoas excluídas. Conhecemos e falamos muito sobre os pobres, os migrantes, os sem emprego, sem moradia, sem escola. Mas há outros que precisam da nossa compaixão e acolhida. Há poucas semanas houve em São Paulo a grande parada do orgulho gay. Muita festa, muito barulho mas também muita dor. Não nos enganemos com a efusão de alegria que parece escorrer destas manifestações ruidosas. Ali há pessoas, muitas, que sofrem. Há suicídios e assassinatos. Há desespero e drogas. Há muito preconceito e falta de compaixão. Precisamos adotar cada vez mais o pensamento de Santo Agostinho de detestar o pecado mas amar o pecador. Precisamos abrir espaços nas nossas comunidades e nos nossos corações para acolher estes nossos irmãos e irmãs gays. Não os analisemos pelas suas tendências sexuais mas por serem imagem de Deus e, como todos nós, por Ele, amados e destinados à glória.
A Igreja precisa tomar coragem e abrir espaços nos seus grupos e pastorais, nas suas celebrações e vida sacramental, ter uma palavra de orientação sem pré-julgamentos e pré-conceitos para estes novos excluídos. A moral cristã não admite a prática homossexual como também não admite o adultério, a prática do sexo fora do casamento, o “ficar” dos adolescentes e toda expressão de intimidade entre pessoas fora do âmbito e da influência do sacramento do matrimônio. Mas para todos existe tolerância e ninguém os julga e deles se afasta pelas suas fraquezas. No caso dos homossexuais o peso da condenação é desproporcional e o sentimento de repulsa da maior parte é desumano e anticristão. Não aceito em hipótese alguma a expressão, hoje em voga, opção sexual. Quem se sente atraído por pessoas do mesmo sexo não fez esta opção por livre e espontânea vontade. Assim os outros, também sentem atração por pessoas de sexo diferente ao seu, por força da natureza e não por opção. A opção é a escolha do parceiro mas não a atração por ele. Ninguém é culpado por ter nascido homossexual. Por isto não se pode atribuir qualquer tipo de culpa quando a atração não é fruto de decisão. De qualquer forma, se compete a Igreja e os cristãos iluminar as consciências segundo o evangelho para ordenar o comportamento, também compete a Igreja e a nós cristãos, sem esconder a verdade, acolher o outro de forma compassiva. Um antigo mestre espiritual dizia que se atrai mais com uma gota de mel do que com um barril de vinagre. Todos os seres humanos que se afastaram têm saudade da casa paterna. Não obstaculemos a sua volta. “Deus, nosso Pai, se alegra mais por um pecador que faça penitência do que por noventa e nove justos que não precisam de penitência” (Lc 15,7)!
Padre José Cândido da Silva
Pároco da Igreja São Sebastião - Barro Preto
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