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O Museu dos Valores
Eu estava com um grupo visitando Brasília, capital da república brasileira. O programa do dia era uma visita ao Museu dos Valores. Havia muita curiosidade em torno deste programa cultural. O ônibus chegou ao hotel e nos dirigimos ao passeio programado. Um prédio belíssimo nos aguardava. O guia foi logo tratando de explicar que este passeio era o mais importante de toda a programação na capital federal. Logo na entrada havia um grande mural retratando uma família brasileira do século XX. O guia explicou que a origem dos valores devia ser buscada no seio de famílias como aquelas que existiam no Brasil até o início do século XXI. Depois disto a desagregação familiar, a violência urbana, o desemprego faziam da família estruturada um objeto de contemplação. Em seguida o museu exibia várias estátuas simbolizando os valores. A justiça muito bem representada pelo seu simbolismo tradicional começou a se extinguir no país, continuou o guia com a sua explicação, quando um juiz foi preso por enriquecimento ilícito e tribunais começaram a vender sentenças. A verdade, já muito tempo em desuso, foi se extinguindo cada vez mais nas promessas dos políticos nunca realizadas, nas falsas promessas de milagres de religiões do mercado. A sala que representava a alegria era luminosa, mas o guia explicou que a alegria tinha sido exterminada desde algum tempo pelas drogas, pela violência, pelo consumismo exacerbado. O museu continuava com suas mostras de valores do passado agora só para serem contemplados, quando entramos numa sala ampla, mas sem luz e com uma pequena porta. Era um tanto asfixiante. Lá estavam as obras que indicavam a honestidade, a honradez, a dignidade e a democracia. As obras eram iluminadas por dentro, na sala escura. O guia explicou que estes valores tinham saído do cenário real do país quando começou a era, nunca terminada, dos mensalões, das falcatruas, das máfias, da roubalheira generalizada. A corrupção e a falta de escrúpulos penetraram os ossos da nação brasileira e contaminaram o povo. Sem punição, o sentido da dignidade esvaiu-se. Até algumas religiões se envolveram com a exploração. O povo deixa-se ser explorado, vota nos políticos que o exploram e aprende com os chefes que a desonestidade é normal. Comecei a me sentir mal, achei que ia morrer e acordei. Era um pesadelo! Sobre mim estava o jornal do dia com a manchete: “Senadores absolvem Renan”!
Padre José Cândido da Silva
Pároco da Igreja São Sebastião - Barro Preto
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