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O Código Da Vinci - O Filme
O Filme “O Código da Vinci” vai estrear nos cinemas de todo o mundo na próxima semana. Baseado no livro homônimo, o filme deve impressionar muito mais pela linguagem cinematográfica cheia de efeitos especiais e apelos emocionais. Enquanto o livro atingiu cerca de 40 milhões de leitores, o filme deve ser visto por um número muito maior de pessoas.
Trata-se de uma trama policial muita bem feita e envolvente, toda ela ficcional com aparência de verdade histórica. A Igreja se preocupa com o nível bastante reduzido de informação cultural, histórica e teológica da maioria das pessoas em todo mundo sobre os temas tratados no filme. Umberto Eco, grande erudito italiano, semiólogo, autor de “O Nome da Rosa”, que se confessa ateu, tece críticas ferinas ao livro e seu autor e à ignorância das massas populares quando não conseguem distinguir corretamente a realidade, da fantasia.
Os erros são elementares como, por exemplo, ao afirmar que os textos apócrifos sobre Jesus foram descobertos nas grutas do Mar Morto. Na verdade, os textos de Qram nada falam sobre Jesus. Os textos apócrifos que falam sobre Jesus foram descobertos em 1945 no Egito. A história de que Jesus teria se casado com Maria Madalena, vindo para França fundando a dinastia dos Merovíngeos relacionada ao priorado de Sião tal como é descrito no livro é uma invenção fantasiosa da qual o próprio Dan Brown foi acusado de plágio. Se tudo isto fosse realmente histórico não caberia a acusação de plágio. A organização católica atual, “Opus Dei”, é totalmente descaracterizada no livro e no filme de maneira covarde, irresponsável e mentirosa, para apimentar e dar aparência de verdade ao enredo.
Desconfiamos que o fascínio hoje presente nas pessoas por um tipo de literatura pseudo-religiosa, ocultista e fantasiosa oculte um sintoma de falsa religiosidade. Umberto Eco, citando Chés-terton, diz que quando as pessoas não acreditam mais no Deus verdadeiro não é que elas não acreditem mais em nada, mas acreditam em tudo. Em toda sorte de lorotas e mitos. Com certeza nós cristãos preferimos os ateus honestos, pesquisadores sérios. Com eles é possível dialogar, divergir com respeito mútuo. Este filme deveria, como expressão mínima de apreço à verdade, inserir no seu início uma admoestação de que é uma obra de ficção. Caso contrário ele se inscreve no grupo dos charlatões e dos aproveitadores da ignorância alheia.
Padre José Cândido da Silva
Pároco da Igreja São Sebastião - Barro Preto
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